Para algumas pessoas de mente já formada

O FANTÁSTICO UNIVERSO DE ZÖE

MINHA VIDA, MINHA FAMA, MEU DESTINO

A história da garota que queria voltar a sorrir, e conseguiu.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Sorteio do livro O Solteirão

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Promoção no blog Romances In Pink

Participem da promoção Sorteio Amante Sombrio - J. R. Ward: http://www.romancesinpink.com.br/2010/03/sorteio-amante-sombrio-jr-ward.html

Boa sorte a todos os participantes!

sábado, 20 de março de 2010

Promoção no blog Sempre Romântica

Participem da Promoção Blog Sempre Romântica - Porbre Não Tem Sorte em parceiria com a escritora Leila Rego: http://natadosromances.blogspot.com/2010/03/promocao-blog-sempre-romantica-pobre.html

sábado, 13 de março de 2010

Promoção!

Participem da Promoção Loja do Altivo + Cantinho da Leitura enviam coração de Tinta para seus leitores: http://meucantinhodaleitura.blogspot.com/2010/03/loja-do-altivo-cantinho-da-leitura.html

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Participem da promoção Amante Sombrio do Romances In Pink: http://www.romancesinpink.com.br/2010/03/sorteio-amante-sombrio-jr-ward.html

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

domingo, 17 de janeiro de 2010

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Comunicado

Gente! A partir de hoje não haverão mais posts aqui no blog. Passarei a postar tudo na comunidade do Orkut e somente quando a história estiver concluida voltarei aqui e postarei tudo de uma vez. Espero que alguém acompanhe e comente o que estão achando dos rumos da história. Com certeza aceitarei as críticas construtivas. Beijinhos.



Lembrando-se de que, para ler, é preciso estar participando da comunidade. Os tópicos só podem ser vistos por membros.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Parte 13

- Parece ótimo – disse e fui me sentar à mesa para comer os ovos que ele havia servido para mim - Você não vai comer?

- Eu já comi. Espero que não se importe.

- Claro que não. Acho que dormi demais.

- Não tem problema.

- Ele já foi? – Kellan veio se sentar à mesa comigo.

Cozinha:
http://www.favoritapb.com.br/imagens/produtos/cozinha/cozinha_jasmin_petunia.jpg


- Já sim.

- Então agora somos você e eu.

- É, parece que sim.

- Até que não é tão mau.

Neste meio tempo terminei de comer os ovos que estavam deliciosos.

- Estavam realmente muito bons.

- Que bom que gostou.

- Se continuar desse jeito vou acabar engordando.

- Qualquer coisa eu faço você rolar pela casa.

- Você está mais engraçado que o normal hoje.

- É. Você faz com que meu humor melhore.

- Que bom, pelo menos uma característica positiva.

- Você possui várias características positivas, só que não se dá conta disso.

- Não é o que parece. Todas as pessoas que eu conheci fugiram de mim.

- Eu não fugi de você, pelo contrário, trouxe você para mais perto.

- Você é louco.

- O que é isso, respeite a minha rara presença de sanidade. Assim ela se ofende.

- Ok, você não é louco. Apenas a pessoa com menos sanidade que eu conheço.

- Assim está bem melhor.

Gargalhamos. Esse momento foi seguido por um silêncio no qual ficamos nos observando.

- Vai ser legal passar um tempo com você – disse, enfim.

- Eu posso ser muito chato às vezes.

- Não acredito plenamente nisso.

- Que pena você tem grandes chances de se decepcionar.

- Também não acredito que isso vá acontecer. Para falar a verdade acho que é você que vai se cansar de mim.

- Agora é a minha vez de dizer que não acredito. Porém, prometo me esforçar ao máximo para ser legal com você.

- Prometo que vou tentar não ser tão chata apesar de achar que quando eu for embora você estará odiando até a minha sombra.

- Você é muito dramática.

- E você muito exagerado.

- Então acho que estamos empatados.

Nossa conversa seguiu esse ritmo por toda a manhã. Não tínhamos nenhum assunto específico sobre o qual conversar e eu me recusava a falar sobre minha família, então ficamos jogando conversa fora. Nem Kellan nem eu sabemos cozinhar o que nos obrigou a ir almoçar fora. Fomos até o The Raymond Restaurant, onde comemos o tão famoso prato The Raymond Crab Cakes. Era realmente tão delicioso como diziam as propagandas na televisão. Nosso almoço foi relativamente rápido, mas ficamos no restaurante conversando. Disse a Kellan que estava pensando em marcar alguma coisa com Brooke para conversar um pouco sobre o que estava acontecendo com uma garota. Fazia algum tempo que não via minha amiga e estava com saudade. Ele disse que não seria uma boa ideia eu frequentar lugares públicos sozinha pelo menos por enquanto, então que, se eu não me importasse para que eu marcasse esse encontro ou na casa dela ou na dele, que agora também era minha. Decidi por minha nova casa, para falar a verdade eu não estava muito a fim de sair, só precisava me encontrar com alguém. Assim que conseguimos literalmente nos livrar de todos os paparazzi me apressei em ligar para Brooke. Não queria me dar tempo para pensar nas notícias e manchetes que teriam os jornais e revistas de amanhã. Ela demorou séculos para atender.

Para quem quiser pesquisar no Google Earth:

The Raymond Restaurant:
1250 S Fair Oaks Ave, Pasadena, CA 91105

- Brooke que demora para atender o telefone.

- Desculpe amiga, é que eu estava dormindo.

- Há essa hora?

- Eu não tive tempo para dormir em nenhuma outra hora. Mas então, será que a gente pode marcar alguma coisa hoje, eu estou precisando falar com você.

- Liguei exatamente por isso, também estou precisando muito falar com você.

- Que coincidência. A gente se encontra onde? Na sorveteria, no shopping...

- Que tal na minha casa? – interrompi.

- Claro amiga. Estou ai em um minuto.

- Ah Brooke, antes que eu me esqueça. Agora eu moro na casa do Kellan – percebi que ela começaria a fazer perguntas então tratei de colocar um ponto final ao assunto dizendo que explicaria tudo quando ela chegasse – Quando você estiver aqui prometo que explico tudo.

- Ok, já estou indo.

domingo, 10 de janeiro de 2010

Parte 12

- Você pensou em tudo.

- É, acho que pensei sim.

- Obrigada. Então, acho melhor ligar logo para o meu pai. Ele deve estar preocupado. Já está tarde.

Somente quando fui me levantar é que me dei conta de que ainda estávamos abraçados, sentados no sofá. Desculpei-me e fui até o telefone para ligar para casa. Kellan foi buscar uma toalha para que eu pudesse tomar banho. Meu pai atendeu no primeiro toque.

- Filha, você está bem? Estou preocupado.

- Eu estou bem pai. Estou ligando para avisar que vou ficar na casa do Kellan a partir de hoje. Espero que não se importe. Também queria avisar que não vou me despedir de você amanhã no aeroporto, eu não conseguiria. Não brigue com Kellan por ter me contado. Na verdade eu já suspeitava de algumas coisas – meu pai estava chorando.

- Tudo bem minha filha. Obrigado por se importar comigo. Eu te amo muito e espero que você seja muito feliz.

- De nada pai. Obrigada você por sempre me entender. Prometa-me que vamos conversar sempre por telefone?

- Vou te ligar todos os dias meu amor. Eu te amo – depois de dizer isso ele desligou.

- O que ele achou? – Kellan perguntou, aparecendo no arco da sala de estar.

- Acho que ele não se importou, porém não fez nenhum comentário a respeito.

- Hm.

- Decepcionado?

- Não, só me perguntando se ele não está preocupado por você morar comigo.

- Se é que eu posso perguntar, por que ele estaria preocupado?

- Não sei. E se eu fosse um psicopata e quisesse me aproveitar de você?

- E você é um psicopata que quer se aproveitar de mim?

- Com certeza não sou um psicopata.

- Então não acho que ele tenha com o que se preocupar.

- É, acho que não. Agora acho melhor você subir e tomar um banho.

- Acho que sim – disse, subindo as escadas. Quando cheguei ao segundo andar percebi que não sabia para onde teria que ir – Kells, qual é o meu quarto?

- Ah, claro. Desculpe-me, tinha me esquecido de dizer. Última porta do lado direito.

- Obrigada, de novo.

- De nada, de novo.

Depois disso me dirigi ao meu quarto para tomar banho. Antes de dormir Kellan veio até o meu quarto.

- Oi, está melhor?

- Estou sim, obrigada.

- Bom, eu só vim desejar boa noite e dizer que qualquer coisa que você precisar e só bater na porta da frente.

Quarto do Kellan:
http://casa.abril.com.br/casacor/2009/imagem/casa-cor-bahia_23.jpg


- Ok, obrigada.

- Ah, mais uma coisa.

- O que foi?

- Pare de me agradecer.

- Ok.

Assim que me deitei dormi rapidamente, mas não foi um sono tranquilo. Acordei literalmente berrando. Kellan veio ver o que estava acontecendo.

- Fadinha o que houve?

- Nada de mais, eu é que sou muito escandalosa.

- Por favor, Zöe, confie em mim. O que está acontecendo?

- Eu só tive um pesadelo. Como eu disse não foi nada de mais.

- Você quer conversar sobre ele?

- Eu não tenho certeza. Não precisa se incomodar.

- Tudo bem então, mas qualquer coisa me chama.

Foi ai que tomei uma atitude completamente impensada.

- Kellan, dorme aqui comigo? – quando percebi o que tinha feito senti meu rosto ficar quente de vergonha, porém não voltei atrás – Eu estou com medo.

- Claro que sim meu amor. Não precisa ficar com medo. Eu estou aqui com você – ele disse isso vindo se deitar ao meu lado – Tem certeza que não quer conversar sobre o pesadelo?

- Tenho sim.

- Tudo bem.

Só me lembro de ter dormido abraçada a Kellan. Quando acordei percebi que ele não estava na cama. Olhei para o relógio e percebi que já passavam das onze da manhã. Desci as escadas para procurar por ele. Assim que cheguei ao hall senti um cheiro delicioso.

- O cheiro está muito bom – disse me encostando ao arco da porta da cozinha.

- Oi, a Bela Adormecida acordou. Bom dia.

- Bom dia.

- Bom, a empregada não veio hoje então tentei preparar um café da manhã descente para você. Espero que não esteja muito ruim.

sábado, 9 de janeiro de 2010

Parte 11

- Não há de que – Kellan se limitou a responder.

Olhei para ele e sorri. Ele não tinha ideia do que havia acabado de fazer por mim. Assim que terminamos essa conversa, sem mais nenhuma explicação meus pais decidiram ir embora. Pedi para ficar mais um pouco, pois precisava conversar com Kellan, caso ele não se importasse. Todos assentiram. Quando eles se retiraram quis saber por que Kells tinha feito aquilo por mim.

- Kells, por que fez isso?

- Isso o que?

- Por que ofereceu aos meus pais que eu ficasse aqui?

- Acho melhor você ir embora agora Zöe, seus pais devem querer conversar melhor com você sobre a decisão deles. Tenho certeza de que, quando você parou para pensar, você se perguntou por que eles não te consultaram antes de tomar suas decisões.

- Tudo bem, eu vou embora. Mas um dia você terá que responder minhas perguntas. Não se esqueça que agora eu vou morar com você, por tempo indeterminado.

Quando cheguei em casa meus pais realmente estavam esperando para conversar comigo.

- Filha, antes de qualquer coisa gostaria de pedir desculpas a você por não tê-la consultado antes de tomar minhas decisões e, principalmente, por ter que admitir nesse momento que induzi sua mãe e seus irmãos a tomá-las também. Espero que você esteja disposta a ouvir o porquê de eu ter feito isso. Se você não quiser realmente não vou pressioná-la.

- Tudo bem, eu quero ouvir.

- Obrigado. Eu tomei a decisão de não te consultar sobre o assunto porque gostaria que você tivesse a liberdade de escolher o que achasse que era melhor nesse momento. Acreditei que você tivesse maturidade para tomar essa decisão e não me arrependo. Por mais que o meu ciúme de pai me impulsione para te arrastar dessa cidade e não te deixar morando na casa de um homem que eu sei que te ama, eu não consigo. Muita gente pensaria que essa é a coisa certa a se fazer mais não acredito que eles estejam realmente certos, pois sei que você não seria feliz em outro lugar que não fosse essa cidade. Apesar do pouco tempo que passou aqui sei o quanto ela significa para você. Não quero te afastar da sua verdadeira vida novamente. Quero muito que você acredite que o que mais importa para mim é que você seja feliz e que eu te amo muito. Mas, além disso tudo, quero que você saiba do mais importante: independentemente de que decisão sobre a sua vida, carreira ou qualquer outro aspecto que você tomar, te apoiarei incondicionalmente. Acredito na sua capacidade de decisão e escolha, e...

- Pai não precisa dizer mais nada, sério. Significa muito para mim ouvir todas as palavras que você acaba de me dizer e realmente acredito em todas elas, mas não quero ver você indo embora pensando que cometeu um erro. Agradeço imensamente por sua confiança em mim, mesmo que na maioria das vezes pense que não a mereço. Quero que saiba que eu também vou torcer muito por você e que acredito que você tenha tomado a decisão certa ao aceitar as filmagens no Oriente.

- Obrigado pelo apoio filha. Significa mais para mim do que você possa imaginar. Tem mais uma coisa sobre a qual eu gostaria de conversar com você.

- Não precisa. Eu sei que eles já foram. Eu também não suportaria ter que me despedir deles. Também sei que eles vão me ligar o mais rápido que puderem e que eu não voltarei a vê-los.

Quando admiti isso não consegui conter mais as lágrimas que eu estive tentando reprimir durante toda a nossa conversa. Finalmente deixei que as lágrimas corressem livremente por meu rosto e corri para a casa de Kellan. Não sei por que fiz isso, mas quando me dei conta eu já estava lá.

- Me desculpe, eu realmente não sei o que vim fazer aqui. Desculpe-me.

Ele não deixou que eu dissesse mais nada. Abraçou-me e esperou que eu parasse de chorar.

- Você está melhor? – ele me perguntou depois que eu parei de soluçar.

- Eu não quero voltar para casa.

- Toda mudança é difícil, mas...

- Ele vai embora amanhã não é?

- É sim, ele vai embora amanhã, mas não era para você estar sabendo.

- O que ele planejava fazer? Imitar o James Bond e fugir como um agente secreto? – ele riu.

- Não exatamente. Ele esperava trazer você aqui para casa amanhã com a desculpa de que iria a embaixada cuidar de alguns papéis e, quando estivesse no avião, te ligaria, pediria desculpas mais uma vez e diria que não conseguiu se despedir assim como os outros.

- Eu não o culpo. Também não vou conseguir me despedir dele amanhã. Eu não quero ir para casa. Tenho medo do que pode acontecer até amanhã.

- Se quiser pode ocupar seu quarto aqui em casa hoje se preferir.

- Meu quarto aqui já está pronto?

Quarto da Zöe:
http://farm4.static.flickr.com/3360/3490809362_1f73869ab9.jpg 


- Opa, falei demais.

- Se eu já tenho um quarto aqui é porque eles não tomaram essa decisão hoje e que já estava tudo planejado entre vocês. Desde quando eles sabiam que teriam que ir embora e como você sabia que eu aceitaria seu convite?

- Acho que na primeira oportunidade que tiverem seus pais me matarão por ter te contado, mas não consigo esconder nada de você. Eles já sabem da mudança há algumas semanas, mas não queriam que fosse uma experiência traumática para você. E, eu não sabia que você aceitaria meu convite, mas esperava que aceitasse.

- Verdade?

- O que?

- Que você esperava que eu aceitasse seu convite?

- É sim – ele sorriu.

- Por que você esperava isso?

- Você deve estar muito cansada. Você vai ficar aqui ou prefere ir para sua casa?

- Como eu disse, não quero ir para casa hoje. Você está fugindo muito de minhas perguntas, já é a segunda hoje. Vou lá em casa avisar meu pai e pegar um pijama e já volto.

- Se você preferir já tem algumas roupas para você aqui em casa e pode usar o telefone para avisar seu pai.

- Não me lembro de ter notado o desaparecimento de alguma roupa minha do closet.

- Deve ser porque elas não sumiram. Eu comprei roupas novas para você.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Parte 1Θ

- Que tal essa: Eu e seus pais planejamos tudo por isso estava indo tanto a sua casa. Escolhi a sua roupa porque nenhum deles tem o mínimo senso de moda e agora estamos indo provavelmente para Nova York onde você vai ter uma surpresa por hoje ser seu aniversário – disse isso pausadamente para que ele pudesse absorver as informações. Ele estava boquiaberto – Pessoalmente gosto muito dessa explicação em particular – lhe lancei um grande sorriso.

- Quando foi que você descobriu?

- Então quer dizer que eu estou certa? – ele se engasgou, mas não conseguiu dizer que eu estava errada.

- Por favor, pelo menos finja estar surpresa quando chegar lá, tudo bem? Senão seus pais me matam por não conseguir esconder o segredo de você.

- Pode deixar meu amor, eu não vou contar para eles que eu já sabia – depois de dizer isso dei um beijo eu seu rosto. Quando percebi o que tinha feito abaixei minha cabeça na tentativa de não o deixar perceber que estava corada. Não deu certo. Porém ele não fez mais nenhum comentário até chegarmos à Nova York. Eu também não me preocupei em quebrar o silêncio que pairava entre nós.

Assim que chegamos à Nova York fomos direto ao restaurante onde minha família me esperava para anunciar a grande surpresa que eu já havia descoberto, mas disso eles não sabiam. O restaurante era lindo, todo decorado de vermelho e branco. Estava perfeito. Tudo correu muito bem a festa inteira. Todos nos divertimos muito. Afinal de contas eles não tinham esquecido meu aniversário. Isso fez com que eu me sentisse aliviada. Saber que eles haviam me ignorado para preparar uma surpresa para mim e não porque haviam esquecido o meu dia fez com que eu me sentisse muito melhor. Voltamos para casa relativamente tarde (meu pai tinha que gravar no dia seguinte bem cedo) e com muitas fotos dos paparazzis na nossa coleção. Depois desse tempo que eu já havia passado em Los Angeles ainda não havia me acostumado com toda essa história de ser famosa. Eu sou muito ruim quando se trata de me acostumar com coisas ou situações novas. Fui dormir pensando na linda festa que eles haviam preparado para mim e em Kellan. Não consegui entender o porquê de estar pensando nele, só sei que dormi e sonhei com seu lindo rosto. Quando acordei sua imagem não saia da minha cabeça. Acabei me dando conta de que talvez tenha sido por causa da besteira que eu fiz no dia anterior. Resolvi ir até a sua casa para pedir desculpas. Quando cheguei, ele me recebeu relativamente bem, mas percebi que algo estranho estava acontecendo. Assim que cheguei, ele me pediu para entrar, pois ele precisava conversar comigo sobre um assunto sério que talvez eu não fosse gostar muito. Fiquei preocupada com o tom de sua voz. Sentei-me no sofá e esperei para ouvir o que ele tinha a me dizer.

Para quem quiser pesquisar no Google Earth:

BLT Market:
50 Central Park South, Ritz Carlton Hotel, New York City, NY 10019

- Antes de dizer qualquer coisa a você eu acho melhor ligar para os seus pais. Eles vão me ajudar a explicar isso para você da melhor forma possível.

- Kellan você está me assustando. Se for por causa do que eu disse ontem...

- Vamos conversar sobre isso depois está bem? Nós temos que resolver um assunto mais importante agora.

Limitei-me a assentir. Se não era sobre isso que ele queria conversar comigo o que estava acontecendo?

- Kells se não é sobre isso que você quer conversar comigo, o que está acontecendo?

- Vamos esperar seus pais chegarem para nós podermos conversar melhor.

Assim que meus pais chegaram percebi que eles não estavam com uma cara melhor que a do Kellan. Alguém, por favor, pode me dizer o que está acontecendo antes que eu surte? Antes que eu pudesse expressar meu pensamento verbalmente meu pai começou a falar.

- Filha, nós temos um assunto pouco confortável sobre o qual gostaríamos de conversar com você.

- Vocês estão me assustando. O que está acontecendo?

- Tente ficar calma meu amor, nós vamos tentar explicar tudo da melhor forma possível – disse minha mãe.

Depois disso meu pai começou a falar de novo.

- Filha, você sabe que eu estou gravando um filme novo não é mesmo?

- Sei sim pai, mas o que uma coisa tem a ver com a outra?

- Eu vou ter que ir gravar algumas cenas na Ásia. Na verdade esse filme é um documentário que tem como objetivo denunciar o trabalho escravo no Oriente. Eles exploram principalmente o trabalho infanto-juvenil estrangeiro.

- Isso quer dizer que eu não vou poder ir com você?

- Nenhum de vocês vai poder ir comigo Zöe.

- Então nós todos vamos ficar aqui esperando você voltar.

- Na verdade não meu amor. David recebeu uma proposta de emprego na Alemanha e vai trabalhar lá a partir da semana que vem. Justin vai para a Universidade na Austrália. Sua mãe vai para o Brasil ajudar uma prima que acaba que ter um filho. Eu não quero te obrigar a fazer nada que você não queria. Então, onde gostaria de ficar?

Para quem quiser pesquisar no Google Earth e conhecer:

Australian National University:
Canberra City ACT 2601, Australia
Site oficial: http://www.anu.edu.au/index.html

- Para falar a verdade gostaria de ficar aqui em Los Angeles mesmo, mas já percebi que não tem condições – disse com uma voz triste. Foi ai que aconteceu a coisa que eu menos esperava.

- Se os seus pais não se importarem e você quiser você pode ficar aqui em casa. Têm alguns quartos vagos – disse Kellan.

Casa do Kellan:
http://images04.olx.pt/ui/4/44/88/48633688_1-MORADIAS-DE-LUXO-NOVAS-COM-PISCINA-ref290666-Granja.jpg


Parei para pensar na proposta que ele acabava de me fazer. Meu primeiro impulso foi aceitar sem nem cogitar a opinião de meus pais sobre o assunto, afinal de contas eles estavam quase que me abandonando. Nenhum deles pediu minha opinião quando tomaram suas decisões, eu fui somente comunicada. Mas, fazer o que, eles eram todos maiores de idade e eu não podia fazer nada quanto a isso. Preferi ficar com minha segunda opção, que, por mais que me contrariasse era a certa. Não cometeria o mesmo erro que eles. Enquanto pensava não tive a curiosidade de observar a reação de meus pais, apenas me virei de costas, observando Kellan, e comecei a pensar no assunto. Quando, enfim, me virei de frente para eles novamente, não precisei dizer qual era minha decisão, nem a eles nem a Kellan. Eles já tinham essa resposta.

- Ela pode trazer as coisas dela quando? – meu pai perguntou.

- Quando for melhor para vocês.

- Você tem certeza que não vai te atrapalhar? Eu não me perdoaria – perguntou minha mãe.

- Claro que não. Zöe é muito bem vinda pelo tempo que precisar.

- Obrigado – disseram meu pai e minha mãe em uníssono.

Parte Θ9

- Você exagera na medida certa para me encantar – ele disse isso se aproximando.

- Assim você me deixa envergonhada.

- Bem, de qualquer forma você precisa se arrumar – ele disse isso colocando o vestido em meus braços.

Roupa da Zöe:
http://www.polyvore.com/11/set?id=14918957


- Para que exatamente eu preciso me vestir?

- Nós vamos fazer uma coisa.

- Você está me assustando.

- Não precisa se assustar.

- Então, aonde nós vamos?

- Isso será uma surpresa.

- Ok “Senhor Segredos”, vou me arrumar rapidinho.

- Sei, sei. Como se eu não conhecesse as mulheres.

- Tudo bem, o mais rápido que eu conseguir.

- Assim está bem mais honesto.

- Não vou demorar mais do que meia hora.

- Tudo bem, nós temos tempo.

Com o vestido nos braços fui até o banheiro me arrumar. Até que eu não demorei tanto. Quando sai de lá olhei no relógio e só havia demorado 40 minutos. Parece que Kellan estava de bom humor hoje porque não demorou muito para ele começar a fazer seus comentários.

- Você disse que só ia demorar meia hora. Está dez minutos atrasada.

- Foi você que me disse que já não acreditava mais nessa virtude das mulheres.

- A pontualidade? Realmente não acredito mais.

- E, para início de conversa, você disse que a gente tinha tempo, por isso não me incomodei em me arrumar tão rápido.

- Verdade, eu disse isso – ele disse isso sorrindo.

- Exatamente.

- Mas, mudando de assunto, você está linda.

Senti-me ficando vermelha novamente. Quando será que isso ia parar? Com a minha sorte acho que nunca.

- Obrigada. A pessoa que escolheu a minha roupa tem muito bom gosto se é que me entende.

- Obrigado. Então, vamos?

- Claro.

Kellan parecia que estava me levando para uma viagem. Nós estávamos a caminho do aeroporto quando consegui me localizar.

- Kells, nós vamos viajar?

- Assim não tem graça. Você já está descobrindo partes da surpresa.

- Eu não descobri absolutamente nada, eu só conheço o caminho até o aeroporto.

- Ah é. Mas de qualquer forma você acertou só não me peça para me dizer aonde vamos.

- Eu vou descobrir essa parte de qualquer forma. Eles anunciam o voo antes de ele decolar para que os passageiros possam embarcar se você não se lembra.

- E quem foi que disse para a senhorita que você vai viajar num avião comum?

- Como assim?

- Caso a senhorita não saiba eu tenho um avião particular.

- Ah é mesmo?

- Aham – ele disse isso com um sorriso exuberante.

- Exibido – disse mostrando a língua para ele.

Depois que entramos no avião perdi totalmente a noção de espaço então descobrir para onde iríamos era uma coisa que estava completamente fora de cogitação. Ele tinha pensado em tudo. Foi ai que eu me lembrei de uma coisa. O que será que o meu pai ia pensar sobre isso tudo? Quando abri a boca para perguntar a Kellan ele nem me deu a chance, respondeu antes disso.

- Seu pai já sabe de tudo e gostou muito da ideia se é nisso que você está pensando.

- Desde quando você consegue ler mentes?

- Desde quando eu comecei a gravar Twilight.

- Ler mentes não é o dom de Edward? Até onde eu sei você interpreta o Emmett.

- Exatamente, mas ele andou me dando umas aulinhas.

- Os outros vampiros não são capazes de aprender a dominar os dons uns dos outros porque eles são aprimoramentos de alguma característica marcante de quando eles eram humanos.

- Você está muito bem informada.

- Obrigada. Depois de assistir o filme um milhão de vezes acho que tenho a obrigação de estar bem informada.

- Como vou fazer para você acreditar que o seu pai não se importa e que realmente gostou da ideia?

- Que tal contando a verdade?

- E que tipo de verdade você quer ouvir?

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Parte Θ8

Kellan foi o último a aparecer o que deixou a mim e Brooke um pouco aflitas com o fato de que talvez ele não aparecesse. Nós quase surtamos, literalmente. Quando ele finalmente chegou nós nos apossamos dele e fizemos um milhão de perguntas sobre o filme no qual ele contracenava com sua companheira de filmagens em Twilight Ashley Greene, Warrior, que estrearia em breve. Não perderíamos a estreia do filme nem na hipótese mais remota que se pudesse imaginar. Quando se tratava de astros hollywoodianos famosos no mundo juvenil toda imaginação para atos de loucura era muito limitada. Com certeza nós seríamos capazes de tudo por um ingresso. Por sorte ele gostou muito de nós, e eu agradecia internamente por isso, e conversamos durante toda a noite. No final de toda a confusão de palavras que o meu pai com certeza não estava entendendo, acabamos ganhando um ingresso VIP para a tão esperada estreia mundial em Los Angeles. Enlouquecemos. Mas, quem se importa. Ele era tão louco quanto nós. Talvez por isso tenhamos nos dado tão bem.

Para quem quiser conhecer:

Trailer de Warrior:

http://www.youtube.com/watch?v=e61f0uW7nlw&NR=1

Um pouco antes do fim do jantar combinamos de nos encontrar em breve para que pudéssemos pegar nossos ingressos e também para que tivéssemos a oportunidade de nos conhecermos melhor. Aceitamos antes mesmo de ele terminar de falar.

Depois da noite do jantar tudo transcorria calmamente até que recebi a notícia de que Kellan havia brigado com a impressa por minha causa. Não sabia que ele seria capaz de fazer algo assim por uma pessoa que ele mal conhecia. Fui até a casa de Kellan e lhe contei que a assistente pessoal de meu pai havia telefonado hoje bem cedo comentando sobre a matéria no jornal.

- Obrigada por tentar defender minha privacidade Kellan. Desculpe-me por ter te colocado em uma roubada. A gente mal se conhece e eu já estraguei tudo.

- Bom, para falar a verdade eu não me arrependo de nada que fiz. Na verdade ainda estou esperando que você tenha uma crise histérica e acabe comigo por ter arruinado a sua vida.

Eu sorri com sua forma de pensar.

- É uma pena que eu tenha que te desiludir Kellan Christopher Lutz, porque não estou aqui para ter uma crise histérica nem para te acusar de ter arruinado a minha vida e sim para agradecer por tudo o que fez por mim e a gente nem se conhece direito como eu já disse antes. Espero que você não me odeie por ter te colocado nessa história. Eu realmente não queria te prejudicar.

- Para falar a verdade não foi você que me colocou nessa situação e sim eu que entrei nela por livre e espontânea vontade. Eu devo te pedir desculpas por ter invadido sua privacidade e ter feito uma coisa que eu nem sabia se era o que você queria. Mas, porque você não queria me prejudicar? Eu realmente te defendi, mas não acredito que isso vá me prejudicar em alguma coisa, se é que me entende.

- Realmente obrigada por isso, mas não é dessa matéria que eu estava falando quando pedi desculpas por te prejudicar. Quer dizer, por essa também, mas existe outra ainda mais constrangedora.

- Desculpe-me, mas agora eu não estou entendendo mais nem uma palavra do que você está falando.

- Eu acho que já esperava por isso então tomei a liberdade de trazer a revista para você ver. Sei que não é uma das revistas que você costuma ler. Realmente espero que não se importe. Eu fiquei realmente preocupada com as coisas que estão escritas na matéria.

- Já que vamos ler revista de fofoca porque você não se senta e a gente chama a manicure?

- Kellan eu estou falando sério. Eu estou apavorada.

- Mesmo antes de ler sei que será uma matéria absurda e gostaria de dizer que infelizmente você terá que se acostumar com elas. No nosso mundo elas acontecem muito e costumam infernizar a nossa vida todos os dias. Mas, empreste-me a revista para que eu possa ler a tão escandalosa matéria da vez senhorita Winchester.

- Não brinque Kellan, isso é sério.

- Ok. Parei com as brincadeiras.

Ele leu a matéria com o máximo de atenção possível e depois conversamos sobre a melhor forma de lidar com a situação do possível namoro que pudesse estar acontecendo entre nós. Acabamos chegando à conclusão de que era melhor deixar a história correr. Daqui uns dias eles encontrariam um boato melhor sobre o qual comentar e este fato seria esquecido. Sabia que não seria exatamente assim, mas precisava me acalmar de alguma forma. Estava verdadeiramente em pânico.

Durante a semana seguinte percebi que algo diferente estava acontecendo na casa. Ninguém conversava muito comigo, evitava responder minhas perguntas. Kellan e Brooke vinham aqui em casa com muita frequência, mas nunca para falar comigo. Eles sempre estavam de segredinhos com meus pais. Decidi fazer o mais fácil e tentar colocar em minha cabeça que era encanação minha ficar pensando naquilo, ainda mais daquela forma. Eles estavam conversando com meus pais, não queriam me prejudicar. Deviam estar conversando sobre as matérias que vinham aparecendo nas revistas. Resolvi que, já que eles não responderiam minhas perguntas mesmo, era melhor pensar que eles estavam se consultando com a minha mãe para poderem lidar melhor com o trauma. Tenho certeza que estava sendo traumático. Não os culpo por estar tendo que conversar sobre isso com uma psicóloga. Minha mãe estudou para isso. Tomara que ela consiga ajudá-los. Nunca me perdoaria se Kellan não quisesse ficar com mais ninguém e Brooke se tornasse bulímica por minha causa. Eu acho que seria capaz de me internar num hospício. Ok, eu não seria.

Meu aniversário seria dali a dois dias e todos ainda continuavam me ignorando. Será que eles haviam esquecido? Por que Kellan continua vindo aqui todos os dias? Se eu não soubesse que meu irmão e meu pai odeiam festas poderia até dizer que eles estavam tentando fazer uma festa surpresa para mim. Acontece que isso seria muito óbvio e não faz o tipo deles. Continuei esperando para ver o que aconteceria e onde tudo isso me afetaria. Os dias iam passando lentamente, tudo bem, não eram dias. Eram só dois. Mas para mim parecia uma eternidade. Quando finalmente chegou o dia 5 de outubro e ninguém havia me dito nada ainda, somente meu ex-namorado, Pierre. Já estava começando a ficar aborrecida. Todo mundo tinha esquecido o meu dia? Realmente traumático. A noite chegou e nada. Tinha começado há contar as horas que faltavam para meu martírio pessoal acabar. Às oito horas da noite subi para meu quarto a fim de continuar contando as horas que restavam quando percebi que havia algo sobre a minha cama. Uma linda caixa branca envolta em fitas de cetim. Aproximei-me do lindo embrulho e o fiquei observando.

- Isso não é coisa dos meus pais e principalmente dos meus irmãos, é delicado demais – pensei em voz alta.

- Não acredito que seus pais não sejam capazes de escolher uma roupa legal para você – era Kellan, com um enorme sorriso no rosto.

- Realmente não acredito que tenha sido nenhum deles. Minha família não é bem o que eu chamaria de ligada a moda – Kellan sorriu.

- Bom nesse caso vou ter que me render. Fui eu que escolhi a roupa. Espero que não se importe e principalmente que goste.

- Kellan é realmente lindo, obrigada – não consegui segurar meus impulsos e o abracei. Quando percebi o que estava fazendo me desculpei me afastando – Me desculpe, acho que me empolguei.

- Eu não me importo. Pode me abraçar quando quiser – me senti ficando vermelha como um pimentão – Por favor, não fique envergonhada, essa não era minha intenção. Perdoe-me.

- Eu sou muito exagerada.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Parte Θ7

- Ai meu amor desculpa eu realmente perdi a noção do tempo. Mas, se hoje é dia 21 quer dizer que é o dia do jantar com os novos vizinhos.

- É, quer dizer isso sim. E quer dizer também que a Brooke está lá embaixo há quase 3 horas esperando você acordar. Acho que há essa hora ela já deve estar considerando a ideia de voltar para casa e se arrumar sozinha.

- OMG, pede para ela subir, por favor?

- Claro.

Ele saiu do quarto com uma gargalhada estrondosa. Como foi que eu consegui dormir tanto tempo de uma vez só? Eu devo estar com algum distúrbio do sono. Depois vou perguntar para o David se isso existe.

Levantei-me e comecei a dar uma ajeitada no meu visual deplorável. Então, como num click me lembrei de um detalhe que até aquele momento não tinha me vindo à cabeça. Chamei meu irmão aos berros.

- Credo amiga, parece que está morrendo.

- Espera só um pouquinho friend que eu preciso falar com o meu irmão. JUSTIN!

Ele chegou todo desesperado e parou se escorando na porta do quarto.

- Amor o jantar não ia ser só na casa nova? A gente ainda não se mudou.

- Na verdade vida as únicas coisas que estavam faltando ser levadas para a casa nova são as suas. A maior parte da mudança já foi feita.

- Então eu tenho uma ideia. Vocês não podem levar as minhas coisas agora? Nós podemos nos arrumar na casa nova não é Brooke?

- Claro que sim amiga. O que for melhor para você.

- Então Justin, pode ser?

- Pode sim, vou chamar o David e o papai pra gente desmontar os móveis que a gente vai levar.

- Ah Justin. Deixa disso. Daqui nós só vamos levar a cama. Isso você pode muito bem desmontar e levar sozinho né!

- Ok. Mas chame eles mesmo assim ta? Eu preciso saber o que vou fazer com os outros móveis.

- Sim senhor. Obrigada melhor irmão do mundo. – sorri para ele.

- Estou aqui para isso né, servir de montador de móveis. No caso desmontador.

- Não faz drama, Mr. Spank Ransom. – passei por ele que já estava sentado no chão para desmontar a cama e dei um beijo no topo de sua cabeça. – Brooke, vamos lá para baixo?

- Claro, vamos deixar seu irmão trabalhar - ela deu uma gargalhada.

Assim que chegamos ao que era para ser a sala nos demos conta de que não havia mesmo mais móveis na casa, então fomos para o jardim e nos sentamos na grama. Como sempre quem puxou assunto foi a Brooke.

- Ai amiga, eu não acredito que eu vou conhecer o Kellan Lutz pessoalmente. Dá para acreditar que isso está realmente acontecendo, que não é mais um de meus sonhos?

- Claro que sim né Brooke, até porque ele vai ser meu vizinho. Ele e todos os outros famosos de Beverly Hills. Leonardo diCaprio, Ashley Tisdale, Zac Efron, Vanessa Hudgens, Angelina Jolie, Brad Pitt, Jennifer Aniston, Will Smith... Todos os meus vizinhos são famosos. Isso não é o paraíso?

- É sim amiga. Posso confessar que eu estou com invejinha de você agora?

- Lógico que não, até porque você vai poder ficar perto deles o quanto quiser. Você vai poder aparecer lá em casa quando te der vontade e eu vou te arrastar para todos os eventos junto comigo. Eu não sei se consigo sobreviver a toda essa história de ser famosa sozinha. Até agora todos aqui em casa tem procurado evitar um pouco esse assunto. Ele é muito assustador para todos nós. Menos para o meu pai claro, que já está acostumado. Mas, até para ele essa situação é meio nova. Antes ele só tinha que se preocupar consigo mesmo, agora ele precisa se preocupar com todos nós.

- Verdade. Mas ele está muito feliz por ter a família de volta né? Toda vez que ele fala de vocês os olhos dele brilham. Ai falando nisso, eu nem acredito que eu conheci meu maior ídolo. Garota o seu pai é simplesmente o máximo. Tipo, ele é o maior herói de todos os tempos.

- É ele é sim. Eu tenho muita sorte por ter a família que tenho.

Assim que terminei a frase ouvi Justin gritando lá em cima.

- Cotoco sobe aqui.

Eu e Brooke entramos em casa e subimos as escadas correndo.

- Pode falar sargento – falei quando o encontrei.

- Pronta para ir para a casa nova?

- Mais do que pronta. Falando nisso, que demora para desmontar uma cama Justin. Achei que você não ia terminar nunca.

- Não reclama fadinha.

- Tá bom, não vou reclamar. Vamos?

- Todos os outros já foram só falta a gente.

Então nós três entramos cada um em seu respectivo carro e fomos para a famosa casa nova. Assim que chegamos a primeira coisa que notei foi que a mansão era linda. Tudo nela era perfeito. Meu pai tinha muito bom gosto para imóveis.

Entramos em casa e percebemos que os outros já haviam arrumado tudo. Eles eram rápidos. Eu e Brooke subimos direito para o meu quarto para podermos nos arrumar. Começamos a jogar todas as minhas roupas em cima do sofá porque a cama ainda não estava lá. Quando o espaço no sofá acabou começamos a jogar tudo no chão mesmo. Assim que terminamos de escolher nossas roupas fomos dar uma olhada na escolha de minha mãe e chegamos à conclusão de que todas nós fizemos boas escolhas para esta noite.

Roupa da Zöe:
http://www.polyvore.com/10/set?id=14866854 


Pouco antes dos convidados começarem a chegar minha mãe deu uma última conferida em todos os detalhes da pequena recepção. Mesmo sabendo que tudo estava em ordem percebi que ela não estava conseguindo conter seu nervosismo, característica marcante no comportamento de minha mãe quando se tratava de assuntos desse tipo. Assim que consegui acalmá-la os convidados começaram a chegar. Bem a tempo, pensei comigo mesma.

Parte Θ6

- Mas e o jantar?

Nesse exato momento meu pai entra no quarto onde eu estava arrumando minhas coisas.

- Querida acabei de falar com o mestre de obras e o loft ficou pronto. A gente pode passar um tempo lá e deixar as crianças se divertirem um pouquinho com seus brinquedos novos.

Eu já disse que amo o meu pai?

- Tudo bem então, já que todos estão contra mim eu dou um jeito de adiar o jantar. Mas, quanto tempo vamos ficar no loft? – minha mãe perguntou ao meu pai.

- Só até as crianças voltarem.

Meus irmãos chegaram à porta protestando.

- Pai, nós não somos crianças. – disseram em uníssono.

- Ok então seres humanos adultos. – meu pai falou se rendendo.

- E ai baixinha, tá pronta? – David perguntou.

- Estou sim. Vamos?

- Mas vocês já vão? – minha mãe perguntou se desesperando de novo.

- Sim. – respondemos em coro e saímos. Não queríamos ter que aguentar uma crise histérica da dona Hayley. Meu pai que se encarregasse disso pelos próximos dias.

No meio do caminho até o nada decidimos ir para San Diego.

Aproveitei ao máximo nossa viagem sem me permitir pensar em nenhum outro assunto durante aqueles dias. Visitamos todos os pontos turísticos de San Diego. Aproveitamos os benefícios de sua organização, de suas ruas limpas, da arborização e tranquilidade, que só não era completa por conta dos paparazzi. A cidade possui um lindo litoral com praias cheias de surfistas e focas, um dos animais que eu amo. Elas ficam na areia mesmo o que nos permitiu chegar bem perto delas. O clima é perfeito. Quase nunca chove. Como eu amo sol adorei esse detalhe. Ela possui uma boa variedade de locais para entretenimento já que é a sétima maior cidade dos Estados Unidos. Aproveitamos ao máximo suas florestas e parques para fazer piqueniques, passeios e acampamentos. Pudemos conhecer o tão famoso zoológico da cidade que adquiriu esse status por conta da realização de reprodução em cativeiro de animais em extinção, o que me deixou fascinada. Um dos animais que eu mais gostei de conhecer foi o panda-gigante. Eu quase levei meus pais à falência por conta das compras que fizemos no Westfield Horton Plaza e no The Paladion. Entramos no Seaport Village, com suas encantadoras lojas de shopping a beira-mar e conhecemos as lojas estilo clubber de Pacific Beach. Descobrimos que a cidade é berço que vários cantores e bandas famosos tipo Blink 182, 3-Mile Pilot e Pinback.


Para quem quiser pesquisar no Google Earth:

Westfield Horton Plaza: 324 Horton Plaza San Diego, CA 92101

The Paladion: 777 Front St. Between F and F streets Downtown San Diego, CA 92101

Seaport Village: 849 West Harbor Drive Downtown San Diego, CA 92101

San Diego Zoo's Wild Animal Park: 15500 San Pasqual Valley Road Escondido, CA 92027 


Para quem quiser conhecer:


Blink 182:

http://www.myspace.com/blink182 

Aproveitamos exatamente tudo e voltamos para casa, uma semana depois, completamente satisfeitos.

Apesar de não terem comprado tanto quanto eu os garotos adoraram passear e carregar minhas sacolas. Eles costumavam dizer que era inspirador admirar minha energia inesgotável. Não pude conter uma risada quando os ouvi dizendo isso. Eles acabaram entrando na brincadeira e se divertiram me jogando no mar para me ouvir reclamar que eles tinham estragado meu cabelo.

- Justin, pára de me jogar no mar. Toda essa água salgada está acabando com o meu cabelo. Uma hidratação descente custa muito caro você sabia? E não é qualquer profissional que sabe fazer.

- Desculpa meu amor vou parar de jogar você na água então tá?

- Obrigada por me entender vida.

Até parece que ele tinha mesmo me entendido. Cinco minutos depois eu estava sendo arremessada mais uma vez para dentro de todo aquele sal que parecia adorar ver meu cabelo ressecado. Juro que se ele pudesse falar talvez ele estivesse dando risada da minha cara naquele momento. Eu estava verdadeiramente inconformada. Quando estávamos voltando para casa David prometeu me pagar uma hidratação no salão de beleza que eu escolhesse. Fiquei não feliz que ele teve que me mandar parar de saltitar no meio da praia. Os fotógrafos estavam registrando toda aquela euforia. O que nossos pais iam pensar de nós? Parei na hora. Fiquei estática. Quando percebi acenei para os paparazzi que estavam se divertindo enquanto tiravam fotos nossas pela praia. Agora que estou em casa não consigo entender porque comprei tantas coisas. É uma situação realmente hilária. Joguei tudo de qualquer jeito no guarda-roupa e tomei um banho quente. Quando olhei no relógio vi que eram 18h30min, o jantar estaria pronto dali a meia hora. Deitei na cama para esperar e apaguei.

Acordei no dia seguinte completamente aturdida. Onde eu estava? Não me lembrava de nada do que tinha acontecido no dia anterior. De repente Justin entra no quarto e começa a falar descontroladamente.

- Até que enfim acordou Bela Adormecida. Já estava vindo ver se você ia precisar do beijo do príncipe para acordar.

Foi ai que parei para olhar em volta e percebi que estava em meu quarto.

- Nossa que exagero. Eu só dormi algumas horas. Você é muito dramático.

Ele me olhou surpreso.

- Amor você sabe que horas são?

Dei uma olhada no relógio.

- Oito horas da manhã, por quê?

- E você sabe que dia é hoje?

- Dia 20 não é?

- Não. Hoje é dia 21.

Ai meu Deus eu tinha dormido quase dois dias seguidos. Nós chegamos de San Diego no dia 19. Isso explica a preocupação excessiva do Justin.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Parte Θ5

- Então, quem vai comprar aqui?

- Eu não quero nenhum desses. Pode escolher um de vocês dois. – falei.

- Eu não gostei de nenhum carro aqui. – declarou Justin. – Pode escolher o seu irmão.

- Beleza, eu já tinha gostado de um mesmo. – David sorriu satisfeito.

Carro do David: Ferrari F599 GTB Fiorano
http://cosmo.uol.com.br/blog/admin/imagens/1315052009143048.jpg 


David pagou seu querido carro e nós fomos para outra concessionária.

- A gente vai comprar o carro de quem agora? – perguntei.

- O meu ou o seu. Quem gostar de algum carro primeiro. – Justin respondeu.

- Ok.

Acabou que o Justin comprou o carro primeiro. Eu sempre fico por último. Que saco.

Carro do Justin: Porsche Cayenne Turbo S
http://www.carversation.com/wp-content/uploads/2009/08/porsche_cayenne-turbo-ext-6.jpg 


- Tá bom. Acho que agora é finalmente a minha vez. – falei desanimada.

- Por que o desânimo baixinha? – David perguntou preocupado.

- Medo de não encontrar o que eu quero.

- Isso porque você é muito exigente irmãzinha. – Justin falou de brincadeira.

Dei língua pra ele e entrei no carro com David. Chegando a próxima concessionária finalmente encontrei o meu bebê lindo e perfeito.

Carro da Zöe: Mercedes SLR McLaren
http://www.allsportauto.com/photoautre/mercedes/slr/mclaren_amg_2003/2003_mercedes_slr_mclaren_amg_06_m.jpg 


Chegamos felizes em casa por termos conseguido comprar todos os carros num único dia. Assim que colocamos os pés para dentro de casa nos apressamos em começar a arrumar nossas malas. Minha mãe não entendeu nada e veio correndo atrás de mim, desesperada.

- Filha, por que vocês estão arrumando as malas?

- Nós vamos viajar.

- E para onde é que vocês vão?

- Eu ainda não sei direito.

- Você está lembrada que daqui menos de uma semana a gente tem um jantar marcado com os novos vizinhos?

- Mãe a gente nem mudou ainda.

- Mesmo assim filha, isso é uma questão de compromisso.

- Ok mãe, mas de qualquer forma é mais um passeio do que uma viagem. É só para testar os motores dos novos carros.

- Isso aqui não é nenhuma corrida de Fórmula 1 para que motores de carros tenham que ser testados Zöe.

- Tá bom mãe, mas a gente quer ter certeza de que os motores são bons.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Parte Θ4

- Ok vou contar. Você se lembra dos atores de Twilight né?

- Claro. Todos os meus divos estão nesse filme. Taylor, Robert, Cam, Kristen, Nikki, Ashley, Kellan, Jackson... – A cada nome que ela falava ela ia erguendo um dedo, como se estivesse contando. Falando nisso o seu irmão, David, pelas fotos que você me mostrou, parece muito com o Robert. Você não é irmã do Robert Pattinson é?

- Não, eu não sou irmã do Robert Pattinson.

- Ah tá. Mas então, continue.

- Obrigada. Eu andei conversando com o meu pai e você sabe que minha mãe não gosta de morar em apartamento. Ela vive dizendo que tem agonia de olhar pela janela e cair de lá. Só a minha mãe pensaria numa coisa dessas, mas fazer o que. Ai é que aparece a novidade – Os olhos de Brooke cintilaram – Acabei convencendo meu pai a vender o loft que ainda não está pronto para que ele pudesse comprar uma casa. Pelo menos assim minha mãe vai parar com as crises de pânico sem sentido dela. Ele concordou e já comprou a casa.

- Conta logo mulher que eu já não estou mais me aguentando.

- Ok, sua última chance de tentar adivinhar.

- Eu não vou tentar. Já te contei sobre todas as minhas teorias.

- Ta bom, então deixa eu acabar com esse suspense todo. Eu vou ser vizinha do Kellan Lutz!

Casa da Zöe:
http://images3.realestate.co.nz/edi/ENFEVES004/photos/EMT1480-1.jpg 


Nós duas gritamos juntas com a notícia e várias pessoas pararam para olhar as duas loucas gritando na sorveteria. A gente nem se importou, mas então me lembrei do meu pai. Conseguimos, com muito custo, parar de gritar.

- Mas então. Você já conversou com ele?

- Lógico que não né. Será que ele é tão bonito pessoalmente como ele é nas telas de cinema?

- Claro que é. Ou você acha que ele esconde a beleza dele debaixo do tapete quando o filme acaba?

- Vai saber. Pode ser photoshop.

Brooke fingiu que não me ouviu. Eu tinha realmente exagerado.

- Amiga será que ele é simpático?

- Eu não sei. Mas vamos combinar uma coisa então: assim que eu me mudar eu te chamo para ir à minha casa nova e nós o conhecemos juntas. Meu pai marcou um jantar para conhecer os vizinhos e você está mais do que convidada.

- O convite já está mais do que aceito.

O dia que Brooke iria conhecer pessoalmente minha família foi adiado para o dia do jantar com os novos vizinhos.

Antes do dia do jantar eu e meus irmãos tínhamos uma missão super importante a cumprir. Comprar nossos carros novos. Nós não estávamos aguentando mais andar a pé. Chegamos à concessionária e pedimos para ver os últimos modelos. Depois que ele apresentou todos os carros disponíveis me debati mentalmente com a ideia de ter de escolher entre eles. Por que isso tinha de ser tão difícil?

- Não está conseguindo escolher baixinha? – Justin me perguntou divertido.

- Não. Mas não parece que eu seja a única aqui com esse problema.

- Por que você está dizendo isso?

Apontei em direção a David que estava concentrado olhando um dos carros. De repente ele parou de olhá-lo e veio andando até nós.

- Acho melhor a gente comprar carros de marcas diferentes. Vai ficar estranho todo mundo com um carro igual.

- O que você quer dizer com isso grandão? – perguntei sem entender muito bem o que ele queria dizer.

- Estou dizendo exatamente isso. Para cada um comprar seu carro numa concessionária diferente. Assim os modelos não serão nem remotamente parecidos. O que vocês acham?

Eu e Justin concordamos.

Os personagens:

Havia me esquecido de apresentar os personagens da história para os que gostam de imaginar como eles seriam, então vamos a isso:

Zöe Winchester:
http://i41.tinypic.com/359in7r.jpg 


David Winchester:
http://lh3.ggpht.com/_eUsHHdG8zoQ/Ss_nBgfBCtI/AAAAAAAABvY/0q3iqANhdjE/s400/0021ka1c.jpg 


Justin Winchester:

domingo, 3 de janeiro de 2010

Parte Θ3

Acordei mais empolgada que no dia anterior. Tinha certeza que as suposições da Brooke iriam ser tão bizarras que não consegui conter uma gargalhada. Vesti a roupa que tinha escolhido e, pacientemente, esperei que minha amiga viesse me buscar. Ela chegou exatamente na hora marcada. Ela era extremamente pontual. Minha amiga super-responsável. Não pude deixar de reparar na roupa perfeita que ela estava usando. Já sabia para quem eu ia pedir ajuda quando precisasse comprar roupas novas daqui para frente. Decidimos ir à sorveteria japonesa Mikawaya, que se localiza quase em frente ao Mitsuru Cafe. Brooke não conseguiu se controlar quando viu todos aqueles famosos passeando por ali. Ela deve ter pegado uns mil autógrafos em menos de meia hora. Ela era realmente boa para conseguir essas coisas. O que será que o meu pai ia pensar quando visse fotos minhas nas revistas de fofoca que a minha mãe gosta de ler com uma garota aparentemente louca? Acabei decidindo que ia levar a Brooke lá para casa, assim ela aproveitava e se apresentava aos meus pais. Sem contar que eu poderia por a culpa nela por todas as fotos. Claro que eu não faria isso, coitada da minha amiga.

Para quem quiser pesquisar no Google Earth:

Mitsuru Cafe:
117 Japanese Village Plaza Mall, Los Angeles, CA 90012

Mikawaya: 118 Japanese Village Plaza Mall, Los Angeles, CA 90012

Roupa da Brooke:
http://www.polyvore.com/03/set?id=14837093 


Foi então que comecei a perceber que Brooke não estava mais conseguindo conter sua ansiedade em saber sobre a tão misteriosa notícia. Segurei uma gargalhada e comecei a falar sobre o assunto com ela bem calmamente enquanto tomava meu sorvete de creme.

- Então amiga você já está sabendo que eu estou morando aqui em Los Angeles por causa do meu pai, mas precisamente em Beverly Hills, né? – perguntei com quem não quer nada.

- Claro né amiga, você já me contou essa parte. Mas assim, o que eu gostaria mesmo de saber é qual é a grande novidade sabe por que eu já não estou mais conseguindo conter a minha ansiedade.

- Para que essa pressa toda Brooke. Nós temos a tarde inteira para conversar sobre isso. Não vamos apressar as coisas.

- Zöe você me conhece o suficiente para saber que eu não vou conseguir conversar com você direito com toda essa curiosidade me corroendo.

- Ok então. Primeiro gostaria de ouvir suas ideias e teorias. O que você imagina que eu possa te contar hoje?

- Vou falar rápido por que eu quero saber qual é a verdadeira. Pensei em: “Brooke eu conheci um super-herói de verdade”, “Amiga eu sou uma vampira, tipo Edward ‘perfeito’ Cullen”, “Eu estou grávida do Brad Pitt” ou como última alternativa “Eu vou fazer um filme com o Sylvester Stallone”. Mas eu sei que não vão ser nenhuma dessas alternativas então será que você pode me contar de uma vez?

- Amiga, sua imaginação é realmente muito fértil, credo – não consegui conter uma gargalhada estrondosa. Brooke me olhou com cara feia.

- Dá para você parar de me torturar e contar de uma vez?

- Ué, sempre achei que você gostasse de um suspense – ri ainda mais da cara que ela fez.

- Zöe se não tiver novidade nenhuma a ser contada é melhor me dizer logo antes que eu tenha um ataque do coração garota. Isso é uma grande injustiça.

- Deixa de ser dramática Brooke! Mas tudo bem, eu conto. Então... A grande novidade é que... O Michael Jackson morreu! – fiz minha melhor cara de impressionada.

Brooke começou a literalmente saltitar na cadeira. Ela estava pronta para me bater se eu demorasse a contar a verdadeira novidade que provocou todo aquele suspense. Mas estava tão engraçado ver ela se corroendo de curiosidade que eu não aguentei e resolvi brincar com ela só mais um pouquinho.

- Ah, vai me dizer que você já sabia da novidade? Amiga assim não tem graça.

- Você vai me contar ou não? Porque se não for me dá licença porque eu vou embora.

Ri mais um pouco da sua expressão de impaciência e resolvi contar logo a verdade. Ela já tinha sido torturada o suficiente.

Parte Θ2

Meu pai nos informou que precisávamos pôr todas as coisas para fora de casa antes de irmos para o aeroporto pegarmos nosso voo porque alguém viria buscá-las para encaminhá-las à doação. O voo sairia dali a duas horas então precisávamos correr para chegar a tempo. Mesmo com toda a correria acabamos chegando um pouco atrasados, por isso só deu tempo de fazer o check-in e embarcar.

Quando chegamos a Los Angeles algumas horas depois, tudo parecia muito novo para mim. Dava para ver claramente a empolgação que me envolvia. Eu estava com medo da cidade por conta dos carros, das pessoas, da poluição. Para mim tudo não passava de uma bagunça. Desesperada, fui me agarrar ao braço de Justin que me abraçou para me reconfortar.

- O que está acontecendo cotoco? – ele me perguntou num sussurro.

- Depois eu te conto – respondi da mesma maneira.

- Faz um resumo – ele disse numa tentativa de me acalmar.

- MEDO! – eu simplesmente berrei no meio da rua. Fiquei vermelha depois de perceber o que havia feito. Todos começamos a rir.

- Filha, não precisa ficar com medo. – meu pai disse. - Eu sempre vou estar com você. Só tome cuidado com os paparazzi. – como se eu fosse me importar com algum deles. Eu acenei com a cabeça.

Minha mãe sugeriu que fossemos as compras, afinal não podíamos morar numa casa vazia. As compras dos móveis não foram tão assustadoras quanto eu achei que seria. Basicamente só compramos as camas, os sofás e uma televisão para nós termos o que fazer durante aquele mês que teríamos que passar no apartamento minúsculo enquanto o loft não estivesse pronto. O restante seria comprado quando mudássemos para a nova casa. Comida não seria problema, pois existiam os restaurantes e os drive-thru’s. Portanto agora só faltavam as roupas. Justin odiava ir ao shopping fazer compras, mas ele não tinha outra opção. Visitamos várias lojas e conseguimos comprar algumas roupas. Depois almoçamos no Spago Beverly Hills, um restaurante três estrelas de Los Angeles e voltamos para casa para arrumar as coisas. Mamãe e eu estávamos super empolgadas. Meu medo inicial já havia passado. 


Para quem quiser pesquisar no Google Earth:

Spago Beverly Hills: 176 N Canon Dr, Beverly Hills, CA 90210 

Pouco depois que cheguei à cidade entrei em contato com Brooke e marquei um encontro. Estava com tanta saudade da minha amiga. Antes de me encontrar com ela precisava escolher a roupa perfeita. Não podia aparecer na frente da minha best vestida de qualquer maneira. O que ela pensaria de mim se eu aparecesse na sua frente com o cabelo todo desarrumado, com um moletom velho e com mau hálito? Mesmo sabendo que ela não se importaria, agora eu não podia sair de qualquer jeito de casa, tinha uma reputação a zelar. Oficialmente eu ia arcar com as consequências de ser a filha de um astro de cinema. Depois da longa conversa que tive com meu pai sobre o mundo dele me considerava pelo menos parcialmente preparada para o assédio, os paparazzi, as fofocas, as suposições, as multidões enlouquecidas, os eventos dos quais teria que participar, entre outras coisas que apareceriam no decorrer da minha nova vida. Escolhi uma das melhores roupas que achei no meu quarda-roupas novo. Tinha dito a ela que tinha uma novidade. O que será que ela esperava do que para contar? O que será que ela estava esperando? Eram tantas as possibilidades e sua imaginação era tão fértil que ficava extremamente difícil imaginar o que poderia estar passando por sua cabeça. Que meu pai tinha voltado para casa e que ele era um astro de Hollywood, que meus pais iam se casar de novo, que eu tinha dois irmãos muito fofos, que a minha formatura havia sido o máximo mesmo depois das confusões e que eu tinha mudado para Los Angeles ela já sabia. Estava determinada a ouvir todas as suas suposições antes de contar a verdadeira novidade e a fonte de minha empolgação gritante. 

Roupa da Zöe:

Parte Θ1

MINHA VIDA, MINHA FAMA, MEU DESTINO 
AUTORA: SAMANTHA S.

Quando estava no centro da cidade encontrei um cara muito lindo que pela aparência devia ter uns 32 anos. Eu passo todos os dias lá para ir à escola e sempre o vejo.

Desculpa, eu sou Zöe Winchester, tenho 16 anos e moro em Londres. Meus pais são separados. Minha mãe se chama Hayley Winchester. Tenho dois irmãos, todos mais velhos que eu. O mais velho tem 22 anos e se chama David. O do meio se chama Justin e tem 18 anos. Tipo, eles são muito legais comigo e são muito populares na escola, assim como eu só que, pra minha tristeza, sou um pouco menos.

Um dia desses, quando vi esse homem, ele me pareceu familiar, e me bateu uma vontade de saber quem é meu pai. Minha mãe disse que era um tal Dean Winchester. Pedi para minha mãe procurar por ele porque eu queria muito conhecê-lo. Ela até que tentou, mas não o encontrou. Deixei quieto esse assunto por um tempo, quer dizer minha mãe deixou quieto por um tempo, por que eu continuei minha procura por ele.

Foi um pouco difícil, mas eu consegui. Na verdade foi por acaso. Eu descobri que ele morava nos Estados Unidos, e resolvi deixar pra lá, até porque não teria como encontrá-lo pessoalmente, mas quando estava mexendo no computador ele me adicionou no Orkut. O aceitei apesar de não saber quem era. Fui conhecendo-o com o tempo, e um dia resolvi perguntar se ele tinha uma filha e ele respondeu que sim, mas não a via há muito tempo. Ele só sabia que ela tinha 16 anos e que agora morava em Londres. Você deve se perguntar como ele não suspeitou de mim pelo nome no Orkut, é que eu não coloquei meu nome verdadeiro, estava como "Lady Kristen". Perguntei a rua onde ele morava e por incrível que pareça ele disse. Times Square, número 126, apartamento 2615, no prédio mais famoso da rua, The Marriot. Quando ele realmente me disse onde morava parei para pensar se meu “pai” tinha alguma síndrome relacionada à solidão. E se eu fosse uma tarada querendo abusar dele? Ok, eu viajei. Quem vai querer agarrar um cara de trinta e poucos anos? Tudo bem que tem gosto pra tudo, mas... Pelo menos agora sabia onde poderia encontrá-lo.

Bem, eu não podia ir para lá sem a permissão da minha mãe, então pedi a ela que pegasse um documento no cartório e o visto para eu ir visitá-lo. Ela aceitou numa boa, outra coisa que eu não estava esperando. Fez tudo o que tinha de fazer. Falou com o meu pai, contou a história da minha vida, que eu queria conhecê-lo desesperadamente, e, depois que o choque da criança passou tudo se resolveu. Eu iria ficar uma semana com ele.

Quando cheguei à Nova Iorque fiquei um pouco perdida. Demorei duas horas só para achar a rua em que ele morava. Quando encontrei o prédio apertei o primeiro botão do interfone que vi na minha frente. Não era a dele. Depois de falar com alguns vizinhos é que eu descobri que tinha anotado o número do apartamento errado. O número certo era 2615, e eu anotei 2915, mas tudo bem. Procurei o apartamento certo e novamente toquei o interfone. Sem nem falar “oi” fui curta e grossa, disse na lata que era filha dele. Eu estava eufórica. Ele se assustou, e me convidou para entrar. Expliquei toda a história pra ele de novo e acabei passando a semana lá mesmo. Quando estava voltando para Londres ele voltou comigo e nós nem fomos para minha casa quando chegamos, fomos direto a uma clínica para fazer um exame de DNA, porque apesar de ter falado com a minha mãe ele não estava acreditando que tinha realmente encontrado a filha. Fizemos o exame que deu positivo.

Ele foi pra casa junto comigo, o que deixou minha mãe bastante surpresa. Pra ela ele estava lindo e perfeito do mesmo jeito de quando ela o havia deixado, ou até mesmo depois de jogar o estojo de maquiagem em cima dele e fazê-lo comprar outro para ela a dezesseis anos por conta de uma crise de ciúmes boba. Bem minha mãe também estava inteirinha, do mesmo jeito que ele a viu pela última vez. Assim que os vi juntos pela primeira vez tive a certeza de que eles foram feitos um para o outro. Papai já chegou lá em casa botando banca e dizendo que ia passar uma semana com a gente. Minha mãe ficou até emocionada com a determinação dele. Segundo ela, ele não era assim quando eles namoraram.

Para a felicidade geral da nação, e da criança aqui presente, nessa uma semana os dois se reconciliaram e voltaram a namorar o que fez com que ele resolvesse ficar definitivamente. O que ele não contou a ninguém nessa fatídica semana é que ele era um astro de Hollywood não muito famoso por aqui. Dois dias depois de ele decidir morar com a gente, apareceu um monte de paparazzi na frente de nossa casa. Foi emocionante me sentir famosa, mas eu não só me sentiria naquele momento como também havia acabado de me tornar famosa de verdade pelo resto da minha vida.

Ele explicou tudo às suas fãs, porque a maioria eram mulheres histéricas, o que provocou a revolta de algumas delas, mas eu nem me importei, pois as que se comportaram dessa maneira foram as que mandavam cartas de amor para ele no tempo que ele era solteiro. Com exceção dessas, todas ficaram felizes por ele.

Uns dois meses após sua volta ao lar por assim dizer tirei minha carteira de motorista e em duas semanas ganhei uma Ferrari amarela zerada, o primeiro presente que ganhei do meu pai. Pros meus irmãos ele deu uma Ferrari pra cada um.

 
Ferrari do David:
http://www.seriouswheels.com/pics-2005/2005-Hamann-Ferrari-F430-FA-1024x768.jpg

Ferrari do Justin:
http://autobrasil.files.wordpress.com/2008/05/ferrari_preta.jpg 

Ferrari da Zöe:
http://autobrasil.files.wordpress.com/2008/05/ferrari_amarela.jpg 
 

Eu estava no terceiro ano, meu pai nunca havia me acompanhado nos estudos e repentinamente ele quis ver meus boletins. Isso foi mais ou menos no meio do ano e nós íamos fazer a nossa viagem do ano de formatura para Bariloche. Todos iam, mas seria somente no final do ano e estaria muito frio. Mesmo assim insistimos e conseguimos a viagem. Eu não tinha muitas roupas de frio, então fui às compras com a minha mãe. Não comprei muita coisa, pois ela não tinha bom gosto, quer dizer, bom gosto até que ela tinha, mas não fazia o meu estilo. Então fui às compras com o meu pai e os meus irmãos. Ai sim eu comprei coisas descentes. Por incrível que pareça os homens da minha família fazem compras melhor do que as mulheres. Minha roupa predileta foi um sobretudo bege que ia até o joelho com um cinto de couro. Acho que iria usá-lo bastante, mas talvez não, por dó de estragá-lo.

Roupa da Zöe:
http://www.polyvore.com/05/set?id=14837390 


Quando o fim do ano finalmente chegou e fomos para Bariloche a primeira coisa que fiz foi praticar snowboard. Cai inúmeras vezes até encontrar uma menina muito boa naquilo e pedir a sua ajuda, mesmo sem conhecê-la. O nome dela era Brooke Davis. Ela ficou uma semana tentando me ajudar, até que, então, eu aprendi. Neste meio período nos tornamos grandes amigas. De acordo com ela, não morava em Bariloche e sim, nos Estados Unidos, mas ela estava lá por conta de uma competição nessa modalidade. Então, já que ela era dos Estados Unidos, resolvi tentar descobrir algo sobre o meu pai, mesmo sem ter tocado nesse assunto com ela. Ela disse ser a maior fã dele e, por isso ficou muito feliz por ele estar namorando de novo. Dei a notícia de que eles iriam noivar em novembro e aproveitei e a convidei para a festa. Ela disse que iria.

 

Roupa da Zöe:
http://www.polyvore.com/07/set?id=14837701 

Roupa da Brooke:
http://www.polyvore.com/06/set?id=14837637 

Eu e minha turma voltamos para Londres faltando apenas um mês para o noivado. As aulas já estavam acabando, ainda bem. Estávamos também procurando alguém para ser a organizadora da festa de formatura. Eu logo me candidatei e fui aceita. Eu era oficialmente, a organizadora da festa de formatura. Fiquei duas semanas planejando tudo. O que saiu mais caro foi o Buffet. Contratei o melhor que encontrei. No dia da festa, meu pai me deu um colar com uma pedra branca como pingente em formato de coração para combinar com o meu vestido. Agradeci a ele milhares de vezes pelo lindo presente. Depois disso, fui dar a última conferida nos preparativos para a festa de formatura. Estava tudo em ordem! Quando deu exatamente 20h00min, fomos para o local da festa. Chegando lá, o Buffet me procurou para dizer que havia acontecido um imprevisto. Corri como uma louca para resolvê-lo o mais rápido possível não medindo as consequência de meus atos, que provavelmente iriam atrasar a festa que estava me deixando cada vez mais estressada. Depois de pedir, desesperada, ajuda para minha mãe sai em disparada. Demorei séculos para encontrar o que o chef havia me pedido e assim que encontrei fui correndo de volta para o local da festa. Coitada da pobre alma que se atrevesse a passar na minha frente naquele momento. Afastei o pensamento e me concentrei em chegar à festa. Encontrei todos os convidados já um pouco impacientes com a espera e me apressei em dar início às comemorações. Nunca me perdoaria por aquela gafe. A autocomiseração desapareceu de minha mente assim que avistei minha família me olhando, sorridentes, de onde estavam. Aquela visão fez com que todos os imprevistos e medos que eu estava sentindo de repente desaparecessem como se fossem fúteis e sem importância. Aproveitei ao máximo a festa com todos eles, sem deixar de dançar a valsa com meu pai e meus irmãos, e voltei satisfeita para casa, com a sensação de dever cumprido. Papai e David soltaram um suspiro de alivio quando se viram longe de toda a agitação.
 


Roupa da Zöe:
http://www.polyvore.com/04/set?id=14837285 

Roupa da Hayley:
http://www.polyvore.com/02/set?id=14837221


Quando cheguei em casa simplesmente desabei na cama e apaguei, assim como todos os outros, com a roupa da formatura mesmo. Foi engraçado ver meus irmãos com os cabelos desgrenhados e os ternos black-tie pela manhã. Meu pai não estava muito diferente. Foi uma cena realmente cômica. Todos riram juntos da situação bizarra. A cada momento que passávamos juntos a felicidade entre meus pais só aumentava. Um se satisfazia com a alegria do outro. Uma verdadeira família de contos de fada. Mas sabíamos que isso não duraria para sempre. Papai tinha aceitado um novo trabalho e todos voltariam para Los Angeles com eles. Como uma família. Mamãe odiava mudanças, ficava extremamente estressada e mal humorada com toda a agitação que guardar os móveis causava. Os móveis estavam sendo guardados não para serem levados pelo caminhão de mudança para a nova casa, mas sim para serem doados. Nada da nossa vida antiga seria levado, somente as lembranças. O pensamento de uma casa nova inteira a ser decorada me animou. Adorava ajudar na decoração.